Das pregações que o padre fazia nos meus tempos de criança, ficaram-me na memória as cores fortes com que ele pintava o inferno. Eu, menino, imaginava o vermelho de labaredas terríveis e o pretume do caldeirão do diabo. E aquela história dos cabritos e das ovelhas no Juízo Final, das trevas e ranger de dentes... Tudo me parecia medonho. Até pronunciar o nome inferno soava como blasfêmia, tanto que fiquei um tanto chocado quando, pela primeira vez, ouvi a música de Roberto Carlos, Quero que vá tudo pro inferno.
Hoje o inferno não aparece tão medonho nas homilias que ouço, e nem sei se o TOC do rei lhe permite cantar aquela música que fez tanto sucesso nos anos de minha infância. Mas penso que ainda se pode conjecturar sobre o inferno. Por isso, trago à reflexão alguns breves pensamentos sobre o inferno, além de resumos de ideias extraídas de dois livros, um de Leonardo Boff e o outro, de Andrés Torres Queiruga, que falam sobre esse tema.
Hoje o inferno não aparece tão medonho nas homilias que ouço, e nem sei se o TOC do rei lhe permite cantar aquela música que fez tanto sucesso nos anos de minha infância. Mas penso que ainda se pode conjecturar sobre o inferno. Por isso, trago à reflexão alguns breves pensamentos sobre o inferno, além de resumos de ideias extraídas de dois livros, um de Leonardo Boff e o outro, de Andrés Torres Queiruga, que falam sobre esse tema.
Deixai toda a esperança, vós que entrais.
Lasciate ogni speranza, voi ch’entrate.
D. Alighieri (poeta italiano, 1265-1321), Inferno, III, 9.
Não há necessidade da grelha, o inferno são os Outros.
Pas besoin de gril, l’enfer, c’est les Autres.
J. P. Sartre (filósofo francês, 1905-1980).
O inferno (...) é não mais amar.
L’enfer, (...) c’est de ne plus aimer.
G. Bernanos (escritor francês, 1888-1948).
Caro Antônio, obrigado por compartilhar conosco esses dois textos. Eu tenho pensado muito sobre isso e escrevi um texto intitulado "Reflexões acerca do inferno", que pretendo publicar um dia. Grande abraço.
ResponderExcluirObrigado, Alexandre. É sempre bom compartilhar textos que nos levem à reflexão. Um abraço!
ResponderExcluirConfesso quando criança e adolescente esse medo também me assaltava sempre... Ainda mais porque, naquele tempo, eu era evangélico e o discurso sobre o inferno era muito forte.
ResponderExcluirAcho que foi João Paulo II que disse que o inferno é a ausência de Deus... Isso me parece mais óbvio para descrever esse "território". Bem como a frase de G. Bernarnos: "O inferno (...) é não mais amar."
Ainda hoje existem aqueles que se utilizam de um discurso "forte" sobre o inferno, como forma de manipulação das pessoas. Um abraço, Joel.
ResponderExcluirOlá querido seguidor,
ResponderExcluirComunico que o Blog da Michele mudou de nome e caminho. Com pseudônimo registrado para assegurar meus direitos autorais em relação a textos pessoais o nome e caminho do Blog agora:
Michele Santti
http://michelesantti.blogspot.com/
Igualmente o Twitter
@MicheleSantti
e FaceBook
facebook.com/michele.santti